far out

28 de março de 2008

muito triste o teatro das palavras de Gibbons

eu, pelo contrário, que também sou triste, pouca gente me olha.

e ali esteve um mundo (onde tu não estiveste) a olhar para o palco com 6 músicos. um cenário de vídeo em tempo real misturado com pequenos filmes, que também contavam histórias, muito particulares. recriaram-se mitos, criaram-se agonias: uma mistura de prazer com ausência de lucidez para o perceber.

tão triste o som daquela voz por entre os disparos da metralhadora. tão triste a realidade, para além do imaginário real de Gibbons. regressei ao passado. incapaz de deixar o presente descobrir-se na luz dos dias (tu). maltratando o futuro: que serão os meus mundos num só mundo, em vez do meu absolutismo sobre a divisão estética... que só a mim serve. ninguém chamará amizade à omissão da palavra, quanto mais o mais que haja.

e o teatro constrói-se com personagens abstractas, talvez um pouco menos quanto absurdas, que lutam pela voz na regra dos três: “Esteja alerta para a regra dos três. O que você dá retornará para
você. Essa lição você tem que aprender. Você só ganha o que você
merece”, assim começou a peça de hoje.

e tu não estiveste. e merecias ter estado.





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